Empowerment, cultura e recompensas no processo de retenção de talentos
Apontando a maioria das suas definições para um valor que redefine a partilha de poder e de autoridade, o empowerment não se assume como uma forma de gestão participativa, mas antes como um caminho para a melhoria contínua e para o estabelecimento de relações de confiança entre todos os membros de uma empresa. Estabelecer confiança, delegando responsabilidade e, porque não autoridade, é um elemento simples, porém assertivo, no escopo do processo de retenção de talentos. Muitas vezes, algo “intangível” pode apresentar resultados bem mais coesos do que àqueles tangíveis.
É fato que cada colaborador – ao se deparar com uma nova proposta profissional – admite um questionamento de imediato : “Aqui já tenho uma história, lá terei que iniciar do zero!” Desta forma, o exercício constante do empowerment auxilia no processo de retenção de talentos, quando o mesmo reconhece que os colaboradores das empresas não são meros executores de orientações e que estão mais bem colocados para tomar decisões relativas à produção e ao serviço prestado aos clientes. Estes passam a ter mais controle e satisfação sobre o respectivo trabalho – como parte integrante e fundamental da estrutura em que estão inseridos – enquanto os gestores ficam mais libertos para outras áreas da atividade empresarial.
E, citando atividade empresarial, é impossível não analisar o aspecto cultura e afiliação. Ambas estão intimamente relacionadas – aquela necessidade surpreendentemente comum de trabalhar com pessoas de quem gostamos, a quem respeitamos e admiramos. Dessa forma, uma boa combinação entre empowerment e sinergia de cultura aumentará suas chances de reter novos funcionários duramente conquistados.
Por fim – mas não menos importante – é fundamental criar um ciclo de recompensas : financeiras e não financeiras. Não subestime o poder do dinheiro, do reconhecimento ou de outros incentivos que reforçam a auto-estima de uma equipe e, conseqüentemente, enriquecem sua motivação intrínseca. Incentivos podem dar à equipe a liberdade de tentar algo novo ou de assumir riscos, coisas que de outra forma ela não teria condições de realizar. Porém é necessário que você confie no poder da motivação intrínseca de gerar pensamentos criativos, especialmente quando o trabalho não envolver uma rotina. Em outras palavras, você deve se certificar de que quaisquer recompensas ou incentivos que estabelecer não se tornem mais importantes do que o trabalho em si mesmo, minando, com isso, a motivação intrínseca dos membros.
Sucesso sempre !